segunda-feira, 27 de agosto de 2012

AS PRIMEIRAS MULHERES REPÓRTERES

 
Estas mulheres tiveram de lutar, por um lado, contra as arbitrariedades de um regime repressivo e, por outro, contra a arrogância e/ou a insensibilidade dos seus próprios camaradas de profissão, mesmo os mais «progressistas». E lutaram.
Como se viu mais tarde, não bastava, não bastou, derrubar a ditadura para que tudo mudasse.
O que [neste livro] nos é revelado não será propriamente «novidade», salvo para os mais distraídos. Já sabíamos, já pressentíamos, que era assim, que fora assim. Mas não tínhamos «visto», não tínhamos «entrado» desta maneira no interior das redacções, na década em que o mundo ia começar a mudar mas em que a percentagem de mulheres jornalistas sindicalizadas era apenas de dois por cento. É que, como nos lembra Isabel Ventura, em 1960 havia dez mulheres jornalistas sindicalizadas, algumas delas desempenhando apenas funções de apoio. As mulheres que chegavam às redacções estavam confinadas à secção de Sociedade, às páginas culturais, aos suplementos juvenis.[…]
As mulheres que falam neste livro são as que abriram portas para que as coisas começassem mudar nas redacções dos jornais.
Fernando Alves
As mulheres: Alice Vieira, Edite Soeiro, Diana Andringa, Leonor Pinhão, Maria Antónia Palla, Maria Teresa Horta  E a autora do livro: Isabel Ventura.  Veja mais.

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