terça-feira, 1 de janeiro de 2013

RITA LEVI-MONTALCINI

 
«Morreu Rita Levi-Montalcini, a grande dama da ciência italiana». Aos 103 anos. A notíciaa no jornal Público:
«A cientista e senadora italiana Rita Levi-Montalcini, Prémio Nobel da Medicina de 1986, morreu neste domingo, aos 103 anos, na sua casa, em Roma. “O corpo faz aquilo que quer. Eu não sou corpo: sou a mente”, disse numa entrevista, quando cumpriu 100 anos.
Infatigável, a cientista nascida em Turim a 22 de Abril de 1909 numa família judia sefardita (pai engenheiro, mãe pintora), foi nomeada em Agosto de 2001 senadora vitalícia pelo então Presidente da República italiana Carlo Ciampi, pelos seus “grandes méritos no campo científico e social”. Ela não parava. “Vou muito bem, física e moralmente, e nunca trabalhei com tanto entusiasmo como neste último período da minha vida”, garantia no seu 101º aniversário, meses depois de ter partido um fémur.
Membro das mais prestigiadas academias científicas internacionais, como a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos ou a Royal Society no Reino Unido, Rita Levi-Montalcini foi a primeira mulher italiana galardoada com um Nobel científico e também a primeira a ser admitida na Academia Pontifícia de Ciências.
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“A minha inteligência? Um pouco acima de medíocre. Os meus únicos méritos foram empenho e optimismo”, disse Rita Levi-Montalcini, cujo leve sorriso era uma imagem registada. Foi a galardoada com o Nobel que mais tempo viveu, até agora.
Rita Levi-Montalcini, no entanto, teve de enfrentar a vontade do pai para se tornar cientista: não era uma coisa comum uma rapariga inscrever-se em Medicina na Universidade de Turim. Mas ela conseguiu e saiu de lá com o curso feito em 1936.
Pouco tempo depois, no entanto, teve de deixar Itália, por causa das leis raciais do ditador Mussolini, porque a sua família era judia. Foi para a Bélgica, e ainda voltou para Itália, mas não tinha condições para trabalhar, e arriscava a deportação para os campos da morte. Após a guerra, recebeu um convite para trabalhar nos EUA – onde fez a sua carreira científica. Só voltou a viver em Itália em 1977, depois de se reformar.
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E duma entrevista aquando dos seus 100 anos:




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