segunda-feira, 31 de março de 2014

MAUS TRATOS NA INFÂNCIA| Mês de Prevenção| SESSÃO ABERTURA| 2abril-16:00h| BIBLIOTECA ORLANDO RIBEIRO




No âmbito da Campanha Nacional do Mês da Prevenção dos Maus Tratos (MPMT2014), a cidade de Lisboa conta com o habitual Ciclo de Cinema  organizado pela Comissão Nacional de Protecção das Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR),desde 2008, em parceria com várias entidades, nomeadamente a Câmara Municipal de Lisboa e a Associação de Mulheres contra a Violência (AMCV).


Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância  2014
 Sessão Abertura
Quarta-feira 2 Abril ás 16h
 Auditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro
 Telheiras - Lisboa





INSTITUTO DO ENVELHECIMENTO





Numa altura em que tanto se fala de envelhecimento lembremos o INSTITUTO DO ENVELHECIMENTO.

«Tem como objectivo primordial a investigação científica no quadro interdisciplinar dos estudos sobre o envelhecimento, abrangendo designadamente as áreas da Demografia, das Ciências Sociais e das Ciências da Saúde.
Dedica-se igualmente à promoção da formação científica em estudos do envelhecimento, nomeadamente do nível da pós-graduação, bem como a organização de actividades de comunicação científica e de abertura à sociedade. Está também disponível para participar no estudo e avaliação das políticas públicas relacionadas com o envelhecimento da população». 

E também sobre o Instituto do que se pode ler no site da GULBENKIAN:

O Instituto do Envelhecimento, criado na sequência da realização do Fórum Gulbenkian de Saúde O Tempo da Vida, nasce com o objectivo de desenvolver estudos e projectos de investigação na área do envelhecimento, bem como de promover a formação e organizar actividades de comunicação científica destinadas à sociedade em geral.
 Esta unidade de investigação resulta de uma parceria entre a Fundação Calouste Gulbenkian e o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, local onde está instalada, e é dirigida por Manuel Villaverde Cabral.
 Numa altura em que o envelhecimento progressivo e acentuado da população constitui já uma característica marcante da estrutura demográfica portuguesa, o Instituto do Envelhecimento prevê organizar, durante o primeiro ano, um colóquio sobre o tema e lançar um primeiro estudo sobre o envelhecimento em Portugal, designadamente um estudo demográfico retrospectivo e prospectivo.
 Deverão ainda ser estabelecidos contactos nacionais e internacionais com o fim de consolidar o Instituto, nomeadamente com o Oxford Institute of Ageing, para onde seguirão, numa fase mais avançada, bolseiros de pós-doutoramento.
 O financiamento desta iniciativa é assegurado pelo Programa Gulbenkian de Desenvolvimento Humano e pelo Serviço de Educação da Fundação Calouste Gulbenkian. 

Lá, no site da Gulbenkian,  também disponível a  entrevista abaixo que, embora de 2009, é capaz de interessar a algum dos leitores do Em Cada Rosto Igualdade:


E  para uma visita ao Oxford Institute of Ageing, clique aqui. E temos também, por exemplo,  a AGE Platform Europe - clique na imagem:



http://www.age-platform.eu/about-age






sexta-feira, 28 de março de 2014

OLÁ CRIANÇAS ! OLÁ JOVENS ! TALVEZ LHES INTERESSE (28) | «European Youth Art Fest» | CONVITE À PARTICIPAÇÃO DE JOVENS ARTISTAS






CONVITE À PARTICIPAÇÃO DE JOVENS ARTISTAS

NO "THE EUROPEAN YOUTH ART FEST"

BRATISLAVA, ESLOVÁQUIA 
24 A 29 DE JUNHO DE 2014


O "European Youth Art Fest" é um festival dedicado aos jovens artistas - nas áreas da música, dança, teatro, fotografia, cinema e design - que se realiza de 24 a 29 de junho de 2014 em Bratislava, Eslováquia. Tem como principal objetivo criar uma plataforma de encontros informais entre jovens criadores, artistas, escolas de ensino artístico e estudantes. A organização do Festival lança um convite a todos os países da União Europeia interessados em participar.

Levar à aproximação e ao enriquecimento comum através do confronto artístico entre os vários países é um dos objetivos deste Festival, que abre as portas à participação de 45 jovens artistas (até aos 35 anos) por país.

O Regulamento e condições de participação no "European Youth Art Fest"
 encontram-se disponíveis para consulta em www.euroartfest.sk.









«Women in Business»







E, a pretexto,  o post  ¿En qué es distinta la mujer directiva, donde o excerto:

«Mucho se habla del pedregoso camino que, a menudo, tiene que recorrer la mujer para alcanzar un puesto directivo en una empresa. Las mujeres españolas ocupan el 21% de los cargos directivos, lo que las sitúa por debajo de la media mundial y de la UE, según un estudio del Internacional Businees Report. Pero ¿qué ocurre cuando llegan a la cima de las compañías? ¿Cómo se comportan? Tras tanta lucha, ¿se vuelven altivas, frías y distantes? ¿Es distinta la mujer directiva? ¿En qué ?». Continue a ler.



quinta-feira, 27 de março de 2014

NO DIA MUNDIAL DO TEATRO | A mensagem de 2014 é de Brett Bailey




Foto retirada da performance 'Exhibit B', produzida pela companhia dirigida 
por Brett Bailey, a 'Third World Bunfight'.


"Desde que existe sociedade humana, existe o irreprimível espírito da representação.
Debaixo das árvores, nas pequenas cidades e sobre os palcos sofisticados das grandes metrópoles, nas entradas das escolas, nos campos, nos templos; nos bairros pobres, nas praças públicas, nos centros comunitários, nas caves do centro das cidades, as pessoas reúnem-se para comungar da efeméride do mundo teatral que criámos para expressar a nossa complexidade humana, a nossa diversidade, a nossa vulnerabilidade, em carne, em respiração e em voz.
Reunimo-nos para chorar e para recordar; para rir e para comtemplar; para ouvir e aprender, para afirmar e para imaginar. Para admirar a destreza técnica, e para encarnar deuses. Para recuperar o folego coletivo, na nossa capacidade para a beleza, a compaixão e a monstruosidade. Vive??mos pela energia e pelo poder. Para celebrar a riqueza das várias culturas e para afastar as fronteiras que nos dividem.
Desde que existe sociedade humana, existe o irreprimível espírito da representação.
Nascido na comunidade, veste as máscaras e os trajes das mais variadas tradições. Aproveita as nossas línguas, os ritmos e os gestos, e cria espaços no meio de nós. E nós, artistas que trabalhamos o espírito antigo, sentimo-nos compelidos a canalizá-lo pelos nossos corações, pelas nossas ideias e pelos nossos corpos para revelar as nossas realidades em toda a sua concretude e brilhante mistério.
Mas, nesta ERA em que tantos milhões lutam para sobreviver, está-se a sofrer com regimes opressivos e capitalismos predadores, fugindo de conflitos e dificuldades, com a nossa privacidade invadida pelos serviços secretos e as nossas palavras censuradas por governos intrusivos; com as florestas a ser aniquiladas, as espécies exterminadas e os oceanos envenenados.
O que é que nos sentimos obrigados a revelar?
Neste mundo de poder desigual, no qual várias hegemonias tentam convencer-nos que uma nação, uma raça, um género, uma preferência sexual, uma religião, uma ideologia, um quadro cultural é superior a todos os outros, será isto realmente defensável? Devemos insistir que as artes sejam banidas das agendas sociais?
Estaremos nós, os artistas do palco, em conformidade com as exigências dos mercados higienizados ou será que têm medo do poder que temos para limpar um espaço nos corações e no espirito da sociedade, reunir pessoas, para inspirar, encantar e informar, e para criar um mundo de esperança e de colaboração sincera?"


Tradução: Margarida Saraiva | revisão EV
Escola Superior de Teatro e Cinema


Em Portugal há várias iniciativas, com entrada livre, para assinalar o DIA DO TEATRO: veja aqui, na TSF, por exemplo.


quarta-feira, 26 de março de 2014

OLÁ CRIANÇAS ! OLÁ JOVENS ! TALVEZ LHES INTERESSE (27) | «O menino e o mundo» | GRANDE PRÉMIO MONSTRA





O filme O Menino e o Mundo, do brasileiro Alê Abreu, ganhou o Grande Prémio Monstra para melhor longa-metragem da 13.ª edição da Monstra – Festival de Cinema de Animação de Lisboa 



Da notícia do JN de 24 março 2014


E do jornal Público online: O Menino e o Mundo conta a história de Cuca, um menino que parte à procura do seu pai, que por sua vez partiu à procura de emprego, e descobre um mundo fantástico, dominado por máquinas-bichos. O realizador Alê Abreu, autor também da longa Garoto Cósmico (2007), apropria-se de uma série de técnicas, do lápis de cor, à colagem, passando pela aguarela e pelo acrílico, criando um desenho cheio de texturas, sobreposições e transparências.
O filme quase não tem diálogos, uma ausência compensada por uma fortíssima presença da música. É falado numa língua inventada – o português invertido. O Menino e o Mundo foi também o vencedor do Prémio de Melhor Banda Sonora e o Prémio do Público. A banda-sonora é do conhecido rapper Emicida, que interpreta a música Aos Olhos de Uma Criança, onde se ouve "A vida nos trópicos não está fácil pra ninguém". O júri destacou a forma como a música original e a sonoplastia assumem uma parte estrutural do filme, transformando-se por vezes em personagens, cenário e discurso principal: "Pela plasticidade e coerência estética com que se fundem com o grafismo e ritmo do filme."




SEMINÁRIO| “Eleições PE 2014: Um compromisso para a Democracia Paritária?” | 29MARÇO | 15:00H




«As mulheres e as raparigas constituem metade da população europeia e devem ser sujeitas de direitos iguais.
Alcançar a igualdade substantiva entre mulheres e homens, promover os direitos das mulheres e contribuir para o empoderamento das mulheres devem ser prioridades da União Europeia e dos seus Estados-Membro. 
A igualdade de género é parte constituinte da democracia, da justiça social, dos direitos humanos e da dignidade. 
O Parlamento Europeu tem o poder e a responsabilidade de implementar uma mudança significativa na senda da igualdade para todas as pessoas, no presente e no futuro».


O Seminário “Eleições PE 2014: Um compromisso para a Democracia Paritária?”é  promovido pela PpDM - Plataforma Portuguesa
 para os Direitos das Mulheres
 no âmbito da Universidade Feminista.


 Propõe abrir um debate em torno das eleições para o Parlamento Europeu 2014 e do compromisso dos partidos políticos para com a democracia paritária.

Será  apresentada uma avaliação de impacto da Lei da Paridade.


 29 de março, pelas 15h, 
 Centro Maria Alzira Lemos, 
Casa das Associações
 Parque Infantil do Alvito
 Estrada do Alvito
 Lisboa. 

Contacto: 213626049 


Para efeitos organizativos solicita-se  ficha de inscrição: disponível aqui. 






Associação de Mulheres Cabo-verdianas na Diáspora em Portugal | 4.º Encontro | 30 março 2014 | 9:00h às 17:00h





«A Associação de Mulheres Cabo-verdianas na Diáspora em Portugal (AMCDP) vem por este meio convidar todos a estarem presentes nas celebrações do seu 4º aniversário, a realizarem-se no dia 30 de março de 2014, das 09h00 às 17h00, no auditório do Instituto Português da Juventude (IPJ), em Moscavide». 


(Via de Moscavide 47 101, Lisboa, 1998. Autocarros - 5, 10, 25, 44, 114 e 208 - traseiras da Estação de comboios de Moscavide).

SAIBA MAIS no site da Embaixada. 




Saiba mais no blogue da Associação.



terça-feira, 25 de março de 2014

TERTÚLIA|As mulheres e o 25 de abril. Que mudanças ?|4 ABRIL |17:30H |Biblioteca ANA CASTRO OSÓRIO





GLORIA STEINEM | Faz hoje 80 anos

   

Jennifer Aniston e Gloria Steinem

Neste endereço  está uma biografia de Gloria Steinem. Faz, hoje, 25 de Março, 80 anos. No NYT o artigo  This Is What 80 Looks Like, de domingo, mostra-a.
    

«Jornalista e escritora, Steinem consolidou sua carreira como editora da Ms. Magazine, uma revista especializada nas questões femininas sob uma ótica socialista. Ela definia a si mesma como uma estudante politizada e uma marxista radical. Sabe-se que Steinem ficou conhecida pelo grande público atuando como repórter investigativa, infiltrando-se nos bares de Hugh Hefner, o proprietário e fundador da revista Playboy. Seus artigos denunciavam abusos trabalhistas que as garçonetes (as famosas “coelhinhas” da Playboy) alegadamente sofriam, o que lhe valeu trabalhos para importantes publicações como a revista Vogue» - pode ler aqui. 


ALICE WALKER & GLORIA STEINEM
NA MS. MAGAZINE
Mas Steinem tem uma vida cheia e há quem especule com alguns dos seus lados, como decorre deste post: GLORIA STEINEM, O FEMINISMO E A CIA. Dos seus livros,  escolhemos Memórias da Transgressão | Momentos da Historia da Mulher do Século XX - é «uma coletânea de diversos artigos de Gloria Steinem desde a década de 1960, dividos em quatro partes, e que mostram seu envolvimento nas principais lutas políticas feministas do seu tempo».


E sobre o video do início, é  relativo a uma entrevista recente de  Jennifer Aniston a Steinem na  The Makers Conference 2014  de que pode saber aqui.  Gloria Steinem está no facebook - pode segui-la. E saber mais no seu site. Terminemos, dando os parabéns, e  desejando muitos anos de vida, a Gloria Steinem, que levem, para já, a um artigo com o titulo «This Is What 90 Looks Like».


AS MULHERES E O CINEMA|Documentário «Outras Cartas ou o Amor Inventado»|27 MAR|18:30H







segunda-feira, 24 de março de 2014

«Le féminisme change-t-il nos vies ?» | 27 março | 18:00 H | CCIF/UMAR





NUMA MESMA ENTREVISTA | Culpa, Quotas, Feminismo, ... e muito mais



A entrevista da Presidente da CITE - Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego - ao jornal Expresso já tem umas semanas, mas é ainda tempo para a sinalizarmos aqui no Em Cada Rosto Igualdade. São muitos os temas abordados como o ilustram os excertos da imagem, e  estão no centro de agendas e debates, e todos os pontos de vista devem ser tidos em conta.  
Sobre a entrevista, por exemplo, aqui, onde se faz a seguinte sintese:

«No Dia Internacional da Mulher, o semanário Expresso conversou com a presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego, Sandra Ribeiro, que considera que uma “mudança” de mentalidades só será possível através “da educação”. Mas é também da opinião de que as mulheres “não estão a conseguir chegar aos cargos de chefia” também “por sua culpa”, por exemplo, porque “não conseguem partilhar o poder em casa, talvez tenham medo”». Leia mais.





sexta-feira, 21 de março de 2014

TEATRO MUNICIPAL JOAQUIM BENITE | «Violência» Doméstica | DEBATE 21 março - 21:30h | EM CENA 27 e 28 março




«A violência doméstica, tema actual e amplamente debatido, continua, apesar de tudo, contumazmente a afectar a nossa sociedade. “Por isso achámos importante criar um objecto teatral que pudesse agir no seio desta problemática, dinamizando-a através dos recursos e meios tão próprios e característicos do teatro – a empatia, a identificação, a comunhão, a partilha” , afirma Carlos Santos. Alice regressa a casa do pai para acompanhar as cerimónias fúnebres da mãe que viu muitas vezes ser agredida pelo pai. O seu confronto com as memórias do passado e com o próprio pai – aparentemente regenerado – será, por isso, tumultuoso. A sinopse será para alguns – demasiados – familiar. Depois de uma carreira teatral de mais de 50 anos, o actor Carlos Santos, bem conhecido do público de Almada, abraça o desafio de uma primeira encenação». O texto da peça é de Joaquim Paulo Nogueira.

 Sala Experimental do Teatro Municipal Joaquim Benite

No dia 21 de Março às 21:30h

 troca de impressões sobre a temática (violência doméstica) 

e a evolução da construção da obra.


Nos dias 28 e 29 Março
SEX e SÁB às 21:30h
EM CENA
Violência
Duração: 1:10 h 


E um bom pretexto para lembrarmos o V Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e de Género 2014-2017, e em particular  excerto da Convenção de Istambul que nele está fixado:


A Convenção alerta para o facto de «mulheres e raparigas»  estarem «muitas vezes expostas a formas graves de violência, tais como a violência doméstica, o assédio sexual, a violação, o casamento forçado, os chamados “crimes de honra” e a mutilação genital, que constituem 
uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e raparigas e um obstáculo grande à realização da igualdade entre as mulheres e os homens». Denuncia também «as violações constantes dos direitos humanos durante os conflitos armados que afetam a população civil, especialmente as mulheres, sob a forma de violações e violência sexual generalizadas ou sistemáticas, e o potencial para o aumento da violência baseada no género, tanto durante 

como após os conflitos».

E lembremos a medida 14 na  Área Estratégica 1 — Prevenir, Sensibilizar e Educar | Prémio VIDArte:

14) Atribuir o prémio nacional

VIDArte A Arte contraa Violência Doméstica aos

melhores trabalhos artísticos sobre violência doméstica e

de género, em áreas como literatura, teatro e cinema











21 MARÇO | Dia Internacional Contra a Discriminação Racial






A razão deste «Dia»: «No dia 21 de março de 1960, na cidade de Joanesburgo, capital da África do Sul, 20 mil negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular.

No bairro de Shaperville, os manifestantes se depararam com tropas do exército. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou sobre a multidão, matando 69 pessoas e ferindo outras 186. Esta ação ficou conhecida como o Massacre de Shaperville. Em memória à tragédia, a ONU – Organização das Nações Unidas – instituiu 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial». Ver aqui.

Neste ano de 2014 o tema fixado pelas Nações Unidas :  «This year's theme was chosen by the Office of the UN High Commissioner for Human Rights to highlight key role that leaders play in mobilising political will to combat racism and racial discrimination». +

NO DIA MUNDIAL DA POESIA | 21 março | «Esta Gente»


Esta GenteEsta gente cujo rosto 
Às vezes luminoso 
E outras vezes tosco 

Ora me lembra escravos 
Ora me lembra reis 

Faz renascer meu gosto 
De luta e de combate 
Contra o abutre e a cobra 
O porco e o milhafre 

Pois a gente que tem 
O rosto desenhado 
Por paciência e fome 
É a gente em quem 
Um país ocupado 
Escreve o seu nome 

E em frente desta gente 
Ignorada e pisada 
Como a pedra do chão 
E mais do que a pedra 
Humilhada e calcada 

Meu canto se renova 
E recomeço a busca 
De um país liberto 
De uma vida limpa 
E de um tempo justo 


Sophia de Mello Breyner Andresen, in "Geografia"

quinta-feira, 20 de março de 2014

«Do branco ao negro»




Foi o colega Tiago Miranda,  da  BNP, que deu a sugestão para a divulgação  «Do branco ao negro», da imagem.  Tinha assistido ao lançamento do livro e achava que era uma boa ideia, sublinhando que eram doze autoras. Concordamos,  uma boa sugestão. A sinopse:

Um livro que tem como mote e tema a diversidade da cor. Doze autoras, que contam doze histórias, cada uma com sua cor, reflectindo a diversidade, na sua diferença e na sua complementaridade. Ana Luísa Amaral, Ana Zanatti, Clara Ferreira Alves, Elgga Moreira, Eugénia de Vasconcellos, Lídia Jorge, Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta, Raquel Freire, Rita Roquette de Vasconcellos, São José Almeida, Yvette K. Centeno. 12 contos ilustrados por Rita Roquette de Vasconcellos. Na mesma história, histórias diversas. +

Ainda, conforme se pode ler aqui (destaque nosso):  «Neste livro, as 12 autoras contam uma história em homenagem aos que vão perdendo a sua capacidade de as contar, uma vez que os direitos de autor revertem na íntegra para a Associação Alzheimer Portugal».




«Los padres igualitarios»




Prolongando o  Dia do Pai,  o post  Los padres igualitarios do Blogue Mujeres do El País. Começa deste modo:
La igualdad real de mujeres y hombres no se conseguirá mientras que no revisemos las relaciones entres los espacios público y privado, así como los roles y trabajos que asumimos todavía de manera diferenciada en uno y en otro ámbito en función de nuestro sexo. Es decir, la democracia auténticamente paritaria no será una realidad mientras que no superemos las clausulas de un 'contrato sexual' que mantuvo durante siglos a las mujeres subordinadas en el ámbito familiar y condenadas a desempeñar unos trabajos, los de cuidado, carentes de reconocimiento social y económico». Continue a ler.
E através do post chegámos à «Campaña Día del Padre Igualitario» a que se refere a imagem seguinte do site de Ayuntamiento de Jerez:



É útil ver como outros trabalham.


quarta-feira, 19 de março de 2014

DIA DO PAI | 19 março 2014





Assinalemos o DIA DO PAI,  hoje  comemorado, retendo o titulo auspicioso de um trabalho do jornal Expresso desta semana - duas páginas no caderno principal, Textos de Hugo Franco e Joana Pereira Bastos, Ilustração de Paulo Buchinho - e a partir do qual fizemos a montagem da imagem. Aborda a parentalidade sob diferentes ângulos, e, a nosso ver, de maneira informada. A ler. Faz parte do trabalho uma entrevista com o Presidente da Associação Portuguesa para a Igualdade Parental, Ricardo Simões, e assim  nos lembrámos de,  também neste dia, chamarmos a atenção para a atividade da organização. Veja aqui.




E nunca é demais remeter para a CITE - Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego, em particular, neste dia 19 de março,  para o espaço Proteção na parentalidade. De lá o video seguinte:






«Work-life Balance and Gender Equality» | Pode ser seguido em direto na web





«The FEMM and the EMPL committee will jointly organise a public hearing on Work-life Balance and Gender Equality. The issue will be discussed in two panels with the participation of experts from the field: work-life balance as a factor of gender equality & reconciling working and non-working life». 


terça-feira, 18 de março de 2014

«The Truth About Aging Population»




 
Li o artigo «The Truth About Aging Population»    na versão impressa da revista HBR jan-fev 2014, mas está disponível online. Falta-lhe a força do papel, e a magnifica ilustração em que um bébé de fralda suporta sobre os seus ombros uma mulher idosa sentada num sofá. Como pode confirmar, começa assim o artigo:
 
 It  has become fashionable to issue dire projections of declining prosperity based on demographic aging. But is that really such a problem?
There is no doubt that all the countries of the world are getting older, but they are at very different stages of the process. The median age in the United States—with half the population older and half younger—is currently 36. In Ethiopia it’s 18, owing to a higher birthrate and a lower life expectancy. In other African countries it’s even lower. The world’s oldest country is Germany, where the median age is 45.

The pattern is very clear: The young countries are poor, and the old countries are rich. So why do people fear population aging? I see two reasons. The first is psychological: The analogy to individual aging suggests that as populations get older, they grow frail and lose mental acuity. The second comes from economists and an indicator called the dependency ratio, which assumes that every adult below age 65 contributes to society, and everybody above 65 is a burden. And the proportion of people older than 65 is bound to increase. Continue a ler.

O autor é Wolfgang Lutz,  director fundador do The Wittgenstein Centre for Demography and Global Human Capital (IIASA, VID/ÖAW, WU):





MULHERES EM DESTAQUE | Inês Lobo ganha o Prémio Internacional «ArcVision Prize – Women and Architecture»


















No site da imagem  acima podemos ler a notícia sobre o acontecimento:«Ines Lobo Wins 2014 arcVision Women and Architecture Prize». Prémio que  o CEO da Italcementi Carlo Pesenti resume assim: “com este prémio, queremos sublinhar a visão feminina da arquitectura à medida que muda e se molda aos actuais modelos sociais e humanos”.
O acontecimento foi amplamente divulgado pela comunicação social. A imagem seguinte com excerto do que foi registado pelo DN:




E aqui, no jornal Público: Inês Lobo vence segunda edição do prémio ArcVision – Women and Architechture | Júri do galardão que distingue mulheres arquitectas decidiu premiar a portuguesa por unanimidade, destacando a sua versatilidade e criatividade na resolução de problemas.

Não pode deixar de se reter a abordagem que a premiada faz  à «condição de género» na entrevista ao DN. Diz que «a coisa de que menos gosto é desta coisa da condição de género ».  Valoriza um mundo melhor para todos independentemente de serem homens ou mulheres. Como se pode ler  no trabalho do JN:  a premiada « vai dedicar o prémio  "a todas as pessoas que fazem crer que a arquitetura é uma maneira poderosa de construir um mundo melhor para todos, independentemente de serem homens ou mulheres"».
 
 
 

segunda-feira, 17 de março de 2014

APOIOS ÀS ARTES | «Integração da dimensão igualdade de género e de não-discriminação em função do sexo e da orientação sexual»



  

Praticar o institucionalizado, é o que se pode concluir ao vermos que nos apoios às Artes, através da DGARTES, a dimensão IGUALDADE foi considerada no Aviso de abertura dos Apoios Pontuais 2014, como se pode ver na imagem abaixo. Pode ler na integra aqui. Ou seja, age-se na linha do que internacionalmente é a estratégia mainstreaming de género: a questão não é um adorno, ou um assunto de peritos/as em «igualdade», mas uma tarefa de todas e todos  que deve impregnar a ação governativa, as ativades-meio, e aquelas que são a razão de ser das organizações. Para aí se quer caminhar na DGARTES. 



Excerto do Aviso n.º 3400 - B/2014


Mas, bem vistas as coisas, na circunstância,  tudo fica nas mãos de agentes culturais, e em especial dos criadores e das criadoras. O fim nobre do legislado dependerá do seu talento, em ambiente de respeito profundo pela liberdade de criação que está subjacente aos investimentos públicos na cultura e nas artes . O Em Cada Rosto Igualdade vai ficar atento e, desde já,  na linha do se que escreveu, o compromisso: daremos ampla divulgação ao que vier a ser concebido e produzido na senda do aqui em causa - em síntese, a igualdade de género  como parte integrante dos direitos dos cidadãos e das cidadãs, revelada através das artes.   
E,   a propósito, pensamos que com este post podemos  iniciar  aqui  as comemorações dos 40 anos de Abril  com as palavras poéticas e sábias de uma mulher - da CULTURA:
Sophia de Mello Breyner





"A cultura não existe para enfeitar a vida, mas sim para a transformar – para que o homem possa
construir e construir-se em consciência, em verdade
e liberdade e em justiça. E, se o homem é capaz de criar a revolução, é exactamente porque é capaz de criar a cultura”.

Sophia de Mello Breyner no seu discurso
 na Assembleia Constituinte a 2 de Setembro de 1975