sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES 2015 | «Pequim + 20 : uma Agenda em Aberto ?» | PALÁCIO SÃO BENTO | MARÇO | 5 | 10:00H | LISBOA






















«Por ocasião do Dia Internacional das Mulheres, a Secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e da Igualdade e a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, têm a honra de convidar V. Ex.ª para a sessão comemorativa, que decorrerá no dia 5 de março de 2015, pelas 10h00, no Centro de Acolhimento ao Cidadão (Palácio de S. Bento em Lisboa)».

P R O G  R A M A 






quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES 2015 | Tema das Nações Unidas: «BEIJING + 20»





Comecemos por dizer que a  brochura da imagem, de 1995,  foi reimpressas em 2014. «Foreword | Twenty years after the Beijing Declaration and Platform for Action was adopted by 189 Member States meeting in China, its stature and significance as a roadmap for the achievement of gender equality remains undiminished. This pivotal document continues to guide the global struggle against constraints and obstacles to the empowerment of women around the world. In the face of new forces threatening to curtail the rights of women and girls, we must return to the agenda set by the Platform for Action and renew our commitment to carry it out in full. This milestone anniversary coincides with the once-in-a-generation opportunity presented in 2015. During this single year, we must do our utmost to achieve the Millennium Development Goals, adopt a post-2015 agenda with a new generation of sustainable development goals, and approve a meaningful, universal climate agreement. As we look ahead to creating a more sustainable, inclusive and peaceful world, I applaud the visionary leadership of those who crafted the Platform for Action and urge a new generation of gender equality advocates to join me in advancing this cause. When we empower women and girls, we will realize a better future for all». 
BAN Ki-Moon Secretary-General United Nation



Photo: UN Women/Fernando Bocanegra


Neste ano a ONU  traz  para  o Dia Internacional da Mulher 2015  tema  relacionado com a Beijing Declaration and Platform for Action. Pode ler-se:
«In 2015, International Women’s Day, celebrated globally on 8 March, will highlight the Beijing Declaration and Platform for Action, a historic roadmap signed by 189 governments 20 years ago that sets the agenda for realizing women’s rights. While there have been many achievements since then, many serious gaps remain.
This is the time to uphold women’s achievements, recognize challenges, and focus greater attention on women’s rights and gender equality to mobilize all people to do their part. The Beijing Platform for Action focuses on 12 critical areas of concern, and envisions a world where each woman and girl can exercise her choices, such as participating in politics, getting an education, having an income, and living in societies free from violence and discrimination.
To this end, the theme of this year’s International Women’s Day is the clarion call of UN Women’s Beijing+20 campaign “Empowering Women, Empowering Humanity: Picture it!” Join governments and activists across the world in commemorating the ground-breaking Conference of 1995. We celebrate the many achievements that have come since then and galvanize action to address the gaps that still remain in making gender equality a reality». Ver aqui.






Sobre a Declaração e Plataforma de Beijing há materiais em português disponíveis na internet,  por exemplo, no site da CIG:










e num outro formato, entre muitas possibilidades, aqui, onde se pode ler: «As Nações Unidas têm desempenhado papel fundamental na promoção da situação e dos direitos da mulher em todo o mundo. Essa contribuição assume várias formas, desde a promoção do debate à negociação de instrumentos juridicamente vinculantes. A criação de espaços de diálogo tem ampliado a visibilidade do tema e a conscientização sobre a situação de discriminação e inferioridade em que se encontram as mulheres em várias esferas da vida social, em quase todos os países. A negociação de compromissos e de acordos internacionais, como a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, tem incidido diretamente sobre a legislação e as políticas públicas nos países-membro. As conferências mundiais sobre a mulher constituíram marcos inquestionáveis nesse processo. A IV Conferência das Nações Unidas sobre a Mulher, realizada em Pequim, em setembro de 1995, foi sem dúvida a maior e a mais importante delas: pelo número de participantes que reuniu, pelos avanços conceituais e programáticos que propiciou, e pela influência que continua a ter na promoção da situação da mulher. Intitulada “Ação para a Igualdade, o Desenvolvimento e a Paz”, a Conferência de Pequim partiu de uma avaliação dos avanços obtidos desde as conferências anteriores (Nairobi, 1985; Copenhague, 1980; e México, 1975) e de uma análise dos obstáculos a superar para que as mulheres possam exercer r plenamente seus direitos e alcançar seu desenvolvimento integral como pessoas. (...)». Leia na integra.







CONFERÊNCIA | «Entre as Primeiras Mulheres Médicas Portuguesas»| FEVEREIRO 2015 | 26 | 18:30H | SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBOA



«No próximo dia 26 de fevereiro 2015, pelas 18h30, na 
Sala Adriano Moreira da Sociedade de Geografia de Lisboa, irá realizar-se
 a conferência «Entre as Primeiras: Mulheres Médicas Portuguesas».
 Organizada pela Secção de História da Medicina da
 Sociedade de Geografia de Lisboa, 
esta conferência terá como
 oradora Isabel Lousada». +


EBOLA | As mulheres foram as mais afetadas


Mulher segura um cartaz explicativo sobre o ciclo de transmissão
 do ebola. Foto: ONU Mulheres/ Emma Vincent

«Segundo um estudo do Programa da ONU para o Desenvolvimento, as mulheres foram as mais impactadas pelo vírus.
(...)
Segundo um novo estudo publicado pelo PNUD, os programas devem abarcar as necessidades das mulheres, desproporcionalmente afetadas pelo vírus ebola. Este alto grau de infecção se explica pelo seu papel protagonista como cuidadoras das famílias, trabalhadoras no âmbito da saúde, em rituais e práticas tradicionais e no comércio entre fronteiras.
As disparidades são mais visíveis nas áreas mais afetadas da Guiné. Em Guéckédou, por exemplo, mulheres representam 62% das pessoas infectadas, e em Télémilé, 74%, de acordo com o estudo do PNUD. Além disso, cita que um grande número de mulheres perderam seus meios de subsistência por causa da reduzida produtividade na agricultura, diminuição do comércio e das pequenas atividades de negócio. Por outro lado, o índice de mortalidade materna aumentou dada a falta de cuidados pré-natais.  (...)». Leia na integra.


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

«A Sociedade dos Velhos»


No jornal Público de 22fev2015 -  aqui

Um leitor do Em Cada Rosto Igualdade chamou-nos a atenção para o artigo da imagem. Pode ser lido na íntegra neste endereço.


ENVELHECIMENTO ATIVO | Shirley Collins | « la voz femenina más legendaria del folk británico»





« Shirley Collins, la voz femenina más legendaria del folk británico, la han intentado silenciar en demasiadas ocasiones. Sin embargo, ahora que ha cumplido los 80 años, no se conforma con cuidar a sus nietos (a uno le ha dado por la música): mima su jardín, escribe su próximo libro, aguarda el estreno de un documental sobre su figura, escucha las mezclas del disco de tributo que saldrá en marzo, vuelve a dar conciertos y gira por toda Europa con unas conferencias en las que desgaja las más suculentas anécdotas de sus excursiones juveniles». 
E o site de Shirley Collins aqui. 

http://www.shirleycollins.co.uk/

«Shirley Collins is without doubt one of
England's greatest cultural treasures"»

Billy Bragg 

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

SOFIA BRANCO | «As Mulheres e a Guerra Colonial»



«Rezaram e fizeram promessas por eles. Escreveram-lhes centenas de aerogramas, adiando o amor, às vezes sem volta. Tornaram-se madrinhas de guerra de homens que nem sequer conheciam. Foram com eles para o território desconhecido de África, que amaram ou odiaram, ou resignaram-se a esperar por eles, com filhos nos braços. Voaram para os resgatar do mato, onde chegaram mesmo a morrer por eles, e organizaram-se, com maior ou menor cunho ideológico, para lhes aliviar a saudade, enquanto apoiavam as suas famílias. Arriscaram por eles, protegendo-lhes a retaguarda, contestando a guerra, desertando sem saberem quando voltariam ao seu país, mergulhando na clandestinidade e aderindo à luta armada, sujeitas às sevícias da polícia política e perdendo a juventude nas masmorras da prisão. Trataram deles quando voltaram, mutilados e traumatizados, e habituaram-se a amar homens diferentes daqueles com quem haviam casado. Cada uma à sua maneira, as protagonistas deste livro foram pioneiras, desbravando caminhos outrora vedados às mulheres. Mães, irmãs, filhas, amantes, companheiras, amigas, muitas mulheres viveram a guerra colonial como se também elas tivessem sido mobilizadas. Depois da guerra, também para elas nada foi como dantes». +



DIREITOS HUMANOS | «Festival du Film et Forum International sur les Droits Humains»







segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

PATRICIA ARQUETTE GANHOU O ÓSCAR PARA A MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA | Dedicou-o às mulheres e pediu igualdade salarial





Destaques nossos:
«Patricia Arquette venceu esta noite o Óscar de Melhor Actriz Secundária pelo seu papel em Boyhood, um filme rodado ao longo de 12 anos por Richard Linklater e um dos favoritos na corrida para o Óscar de Melhor Filme. A actriz, favorita também ao longo de toda a temporada de prémios, protagonizou uma das mensagens políticas da noite que já está a ser marcada pelas alusões à polémica racial que envolveu a colheita Óscar deste ano. Mas dedicou-se às mulheres.
Esta foi a primeira vitória da noite para Boyhood na cerimónia e o primeiro Óscar para a actriz norte-americana. "É a nossa vez de ter igualdade salarial", invectivou a actriz no seu discurso de agradecimento, recebendo aplausos de pé e sinais de apoio das suas colegas nomeadas, entre as quais uma fervorosa Meryl Streep (que estava nomeada para um Óscar pela 19.ª vez)» .
Numa referência à paridade na sociedade em geral, agradecendo também a "todas as mulheres que deram à luz", Arquette fez a primeira alusão da noite dos 87.ºs prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas a uma das polémicas do último ano - não só as estatísticas que provam a subrepresentação das mulheres na indústria cinematográfica, mas também questões vindas a lume na esteira do escândalo da Sony que mostrou a desigualdade salarial entre actores e actrizes em Hollywood.
"Para cada mulher que deu à luz, para cada contribuinte e cidadão deste país, lutámos pela igualdade de direitos de todos os outros. É a nossa vez de ter igualdade salarial de uma vez por todas e igualdade de direitos para as mulheres nos Estados Unidos da América", disse Arquette». Mais no jornal Público.






PARLAMENTO EUROPEU | Audição Pública na Comissão para os Direitos das Mulheres e Igualdade de Géneros | EMPREGADAS DOMÉSTiCAS E CUIDADORAS NA UE | FEV2015 | 26


«In view of drafting an own-initiative report on the same topic, FEMM will hold a hearing with four relevant experts: Mr Cabrita (Eurofuond) will deal with women working conditions in the EU, namely in the home care sector; Mr Psimmenos will intervene on women migrants' domestic work and its consequences on welfare, career and family relationships; Ms Courteille will talk about the ILO Domestic Workers Convention, while Ms Delvaux will give a presentation on individual employers as a model of social innovation in support of declared employment and of employees' professionalization».Veja o Programa


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

20 FEVEREIRO | «Dia Mundial da Justiça Social»



Para este ano, como se pode conferir no site da ONU, a Mensagem do Secretário-Geral:

«Secretary-General's Message for 2015

World Day for Social Justice comes at a pivotal moment for people and our planet.  Around the world, there is a rising call to secure a life of dignity for all with equal rights and respect for the diverse voices of the world’s peoples.  At the core of this movement lies the need for social justice.
This year’s commemoration focuses on the scourge of human trafficking and the plight of approximately 21 million women, men and children in various forms of modern slavery.  New instruments such as the ILO Protocol and Recommendation on forced labour and human trafficking are helping to strengthen global efforts to punish perpetrators and end impunity.  We must continue to do more.  We simply cannot achieve development for all if we leave behind those who are socially and economically exploited.
In this crucial year for global development, as Member States work to craft a post-2015 agenda and a new set of sustainable development goals, let us do our utmost to eradicate all forms of human exploitation.  Let us strive to build a world of social justice where all people can live and work in freedom, dignity and equality.
Ban Ki-moon».
.
.  .

E uma boa ocasião para para a divulgação da Declaração da OIT:




.
.  .

No nosso País,  a propósito deste dia, um trabalho de hoje da TSF:

Fosso entre pobres e ricos aumenta em Portugal há cinco anos consecutivos

Publicado hoje às 07:26

A ONU comemora hoje Dia Mundial da Justiça Social. Há cinco anos que Portugal assiste a um aumento do fosso entre os rendimentos dos 10% mais ricos em relação aos 10% mais pobres.
É cada vez maior o fosso entre os mais ricos e os mais pobres em Portugal. Há cinco anos que não pára de aumentar a desigualdade na distribuição dos rendimentos. Os especialistas alertam para a crescente falta de justiça social na Europa, mas também em Portugal.
Depois de vários anos a descer, a desigualdade na distribuição dos rendimentos no país voltou a subir em 2009. Nesse ano, os 10% mais ricos tinham um rendimento 9,2 vezes superior ao dos 10% mais pobres. Um número que, segundo o Instituto Nacional de Estatística, subiu para 9,4 em 2010, 10,0 em 2011, 10,7 em 2012 e, finalmente, 11,1 em 2013 (últimos dados disponíveis).
Um estudo recente da fundação alemã Bertelsmann, numa abordagem que não se ficou pela análise dos rendimentos, concluiu, também, que Portugal é um dos países europeus que tem andado para trás na justiça social. Somos o nono país da Europa (a 28) pior na fotografia. As notas mais negativas registam-se nas áreas da justiça entre gerações, educação igual para todos e pouca capacidade de inclusão do mercado de trabalho nacional.
O sociólogo e especialista em pobreza Alfredo Bruto da Costa defende que a progressiva falta de justiça social é um problema na Europa e ainda mais em Portugal: «estamos claramente a andar para trás, em primeiro lugar devido ao acordo assinado com a troika». Um «retrocesso» que segundo o antigo presidente do Conselho Económico e Social é «particularmente grave porque o conceito de justiça social foi banido do debate político nacional».
Nuno Guedes


TEATRO | «Au bout de la nuit» | FEV 2015 | 26 | THÉÂTRE DE LA VIE | BRUXELAS



"Au bout de la nuit" au Théâtre de la Vie (Bruxelles, le 26 février 2015)

«L’asbl isala vous invite à découvrir la pièce de théâtre "Au bout de la nuit", l’histoire vraie de Nicole Castioni qui a vécu la prostitution et est aujourd’hui juge et députée au Parlement de Genève. Humour, fantaisie, pudeur et gravité font passer du rire aux larmes devant le parcours de cette jeune femme et sa rage de vivre. La représentation sera suivie d’une rencontre avec la compagnie TIC TAC and Co et l’équipe d’isala.
Pour y assister, réserver votre place en écrivant à isalaasbl@gmail.com (nous ne pourrons accueillir que 60 personnes). Merci ! Participation libre.
Un spectacle de la compagnie TIC TAC and Co, adapté par Annette Lowcay du livre "La soleil au bout de la nuit" (Ed. A. Michel). Coproduit par la Maison pour tous de Croix, le Mouvement du Nid, et subventionné par la Fondation de France.
La représentation du spectacle est possible grâce au soutien de la Région de Bruxelles-Capitale et la Direction Egalité des chances».
Esta mensagem está na Newsletter recebida há poucos dias da Lobby européen des femmes (LEF) e pode ser lida aqui. 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

FILME | "O Meu Nome é Alice"





«Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Atriz Drama e Nomeado para Óscar de Melhor Atriz, O MEU NOME É ALICE, baseado no livro homónimo de Lisa Genova, Alice Howland - papel magistralmente interpretado por Julianne Moore - uma mulher de 50 anos, com um casamento feliz e três filhos já adultos, é uma reconhecida professora universitária de linguistica que começa a esquecer palavras... Quando lhe são diagnosticados sinais prematuros de Alzheimer, Alice e a sua família vêm os seus laços arduamente testados. A luta de Alice para manter a ligação à pessoa que sempre foi é assustadora, comovente e inspiradora». 


Sobre o filme na «E| A Revista do Expresso»,  de 7 de Fevereiro 2015:  




E  no blogue «Prospero | Economist»:  «New film: "Still Alice" - Moore brilliant». Começa assim:
«JULIANNE MOORE is almost unwatchably good in “Still Alice”, an average film elevated by its tremendous, gut-wrenching central performance. Ms Moore is always likeable and intelligent—in her Oscar-nominated role as the strung-out porn star in “Boogie Nights”, for example. But never has she been more so than here, as a 50-year-old linguistics professor suffering from early-onset Alzheimer’s, an awful disease whose unique horrors we are still barely able to countenance in the elderly, let alone in someone so young». Continue a ler.


BEIJING + 20 | «Paridade»


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

CONTRA A FOME | «805 Million Names – Zlatan Ibrahimović»




«Zlatan Ibrahimovic não é exactamente um Mario Balotelli no campo das polémicas, mas tem uma boa dose de casos na sua carreira. No sábado, marcou um golo aos dois minutos do jogo entre o PSG e o Caen, festejou com os colegas e depois tirou a camisola, exibindo longamente ao mundo uma série de tatuagens no peito, braços e costas. O árbitro, como mandam as regras, mostrou-lhe um cartão amarelo e os adeptos de futebol interrogaram-se sobre o que teria levado um jogador experiente a ver um cartão desnecessário. Seria puro exibicionismo?
Afinal, o acto de Zlatan não poderia ser mais altruísta. O internacional sueco tatuou no seu corpo o nome de 50 pessoas que passam fome. Uma forma de se associar à nova campanha do Programa Alimentar Mundial, das Nações Unidas, que inclui um vídeo e um site.
“Onde quer que eu vá, as pessoas reconhecem-me, chamam o meu nome e acarinham-me. Mas há nomes que ninguém se lembra de acarinhar”, explicou Ibrahimovic neste domingo, ao revelar que aquelas tatuagens no corpo (não definitivas) são de nomes de pessoas que passam fome: Carmen (uma boliviana de 52 anos), Mariko (um congolês de 80), Antoine (da República Centro-Africana, de 75 anos), Sawsan (uma síria de 13 anos), Chheuy e Lida (cambodjanas de sete e oito anos), Siatta (liberiana de 30 anos) ou Rahma (iraquiana de 14 anos)».  Continue a ler no jornal Público.





«LONGE DO CORPO»



Soubemos do espectáculo LONGE DO CORPO porque esteve em cena há poucos dias no Teatro Municipal Joaquim Benite. Já teve apresentações anteriores e quem sabe virá a ter outras. Coordenadas: 

MARTA FREITAS:  Texto original, dramaturgia e encenação

SINOPSE
"O vosso Carlos nunca existiu. É um fantasma, uma carcaça, que vocês querem conservar e esconder. Não é a convencerem-se de que isto vai passar que passa. Não passou. E a prova disso é que, todas as noites me fecho no meu quarto para poder existir. Para poder olhar-me ao espelho e sentir-me um pouco melhor."
Numa altura em que, para Carlota, fazer desaparecer Carlos, a encaminha para o desespero, Rogério cruza-se com ela. Os dois juntos iniciam uma viagem onde o corpo e o amor não têm forma.

DA AUTORA
A transexualidade é um tema incrível. Admira-me que esteja tão pouco representada no teatro. Uma pessoa que nasce com um corpo que não é o seu, que, desde criança, sente que a sua alma não pertence àquele corpo. Como o ator, que representa uma personagem, que vive um mundo que não é o seu. Com este projeto cresci, aprendi que temos uma série de ideias feitas acerca das coisas, do mundo. Falar com a Letícia (antes Leandro), com o António (em breve Telma), e com outros transexuais de coragem, mostrou-me que, por muito que queiramos, por vezes, não conseguimos encaixar a realidade nos conceitos. Exigem-nos um mundo organizado, para não nos confundirmos, mas a verdade é que somos bem mais do que homens ou mulheres, somos, acima de tudo pessoas. Pessoas. PESSOAS. 


SAIBA MAIS.




terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

LUISA DACOSTA morreu | «Sobretudo, incomoda-me partir com a certeza de que a parte mais esmagada deste mundo é a mulher»



Hoje é o funeral de Luisa Dacosta que morreu aos 88 anos. A nossa homenagem divulgando um texto seu  disponível  aqui,  donde (sublinhados nossos):  
«Lamento sair desta vida bastante desiludida. Por exemplo, em relação à alegria com que festejei o fim da II Guerra, a pensar que nunca mais havia guerras, e que vinha aí a solidariedade, a democracia e a liberdade para todos. Mas não. Estamos num mundo criminoso em que 70 por cento da população mundial não tem acesso à água, à comida, à saúde, à educação. Sobretudo, incomoda-me partir com a certeza de que a parte mais esmagada deste mundo é a mulher. Isso dói-me. A pessoa sai daqui a pensar que certas coisas pelas quais lutou já nunca mais aconteceriam, e afinal pioram. Nunca pensei que as mulheres se fizessem a elas próprias bombas. É preciso um desespero terrível e já não acreditar em mais nada, para se fazer uma coisa dessas. Isto significa que criámos um mundo que é imoral. Há uns que julgam que já viram tudo, que já sabem tudo, que já têm tudo, e há outros que andam a esgravatar, a ver se encontram umas sementes na terra. É uma coisa atroz. Nunca fui optimista, mas tão pessimista como agora, também não.
(...)
Uma das coisas que me custou bastante foi não saber andar com o arco. Os meus primos faziam grandes corridas com os arcos. No meu tempo as meninas eram levadas a não fazer certas coisas. Havia uma recomendação da minha tia, que dizia que "quando uma menina assobia, estremecem céus e terra".
(...)
Sou uma escritora marginal e bastante marginalizada, porque fiz sempre aquilo que quis, e só aquilo que quis. Tinha uma independência. Já sabia que morreria de fome se vivesse só dos livros. Era professora, algo que me dá muito gosto. É uma forma privilegiada de relação humana. Ainda hoje gosto muito de estar com os alunos. Tive crianças que passaram por dificuldades extraordinárias, mas a determinada altura vi que era capaz de escrever para eles. Ajudaram-me a escrever. Incluí no meu vocabulário algumas palavras criadas pelos alunos. A nossa língua é espantosa. Acho que temos uma língua privilegiada. É uma língua que tem dois tempos. Um para o tempo que se gasta, que é o estar, e um tempo para a eternidade, que é o ser. É das poucas línguas no mundo que tem isso. Depois temos uma coisa espantosa, miraculosa, que é poder conjugar pessoalmente o verbo no infinito. O infinito é o verbo fora do espaço e do tempo. Penso que é a única língua do mundo que consegue meter o tu dentro do eu. Quando digo "eu amar-te-ei", mete o "tu" e depois é que fecha o verbo. Temos essa possibilidade espantosa. A nossa língua é mitológica.
Hoje, para qualquer pessoa, é muito difícil escrever. Há bastantes censuras. Antes, havia uma e tinha nome. Cortavam-nos um artigo no "Comércio do Porto", mas tínhamos a "Vértice" ou a "Seara Nova". Havia maneiras de furar um pouco. Não estou, de maneira nenhuma, a defender a outra censura. O problema é que hoje há censuras económicas, censuras políticas, censuras partidárias, "lobbys" de interesses. Pertenci ao Conselho de Imprensa. Fiz dois mandatos. Deixei lá escrito que tinha lutado muito contra a censura de Oliveira Salazar, mas era uma. (...)
A vida ensinou-me que não podemos viver sozinhos. Ensinou-me que não podemos viver sem o bafo humano e que devemos fazer tudo para lutar por isso»Leia na integra.






«Feminist Art History Conference 2015 | Submission Deadline: May 15»



«Feminist Art History Conference 2015»
Washington, DC 

Friday–Sunday, November 6–8, 2015

«This annual conference builds on the legacy of feminist art-historical scholarship and pedagogy initiated by Norma Broude and Mary D. Garrard at American University. To further the inclusive spirit of their groundbreaking anthologies, we invite papers on subjects spanning the chronological spectrum, from the ancient world through the present, to foster a broad dialogue on feminist art-historical practice.
Papers may address such topics as: artists, movements, and works of art and architecture; cultural institutions and critical discourses; practices of collecting, patronage, and display; the gendering of objects, spaces, and media; the reception of images; and issues of power, agency, gender, and sexuality within visual cultures. Submissions on under-represented art-historical fields, geographic areas or national traditions, and issues of race and ethnicity are encouraged.
To be considered for participation, please provide a single document in Microsoft Word. It should consist of a one-page, single-spaced proposal of unpublished work, up to 500 words in length for a 20-minute presentation, followed by a curriculum vitae of no more than two pages. Please title the document “[last name]-proposal”. Submit materials with the subject line “[last name]-proposal” to: fahc6papers@gmail.com. Submission Deadline: May 15, 2015. Invitations to participate will be sent by July 1». Continue a ler.


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

NA BIBLIOTECA ANA DE CASTRO OSÓRIO | «Tantas mulheres assassinadas, porquê ?» | FEV 2015 | 27 | 17:30H






«THE EARTH INSTITUTE / COLUMBY UNIVERSITY» | Igualdade de Género



Este cartão de Dia dos Namorados foi enviado pelo «The Earth Intitute» da Columby University. O texto:
«This Valentine's Day, we want to show our deep appreciation for all that you've done as a member of the Earth Institute community. Whether you've made a donation, been an advocate of our work, taught a class, attended a lecture, volunteered or read our newsletter, you've played an important role in addressing the challenges of sustainable development in the 21st century and beyond.
On behalf of our researchers, scientists, students and staff working every day around the globe, thank you for all that you do to help us thrive».
E foi um pretexto para, uma vez mais, visitarmos o seu site, para nós sempre um prazer e de grande utilidade - veja por si. 
Em sintese, e que verdadeiramente admiramos, a Academia inserida na comunidade,  esteja esta onde estiver.  Do muito que se pode ler, por exemplo, nos seus blogs - de facto uma verdadeira ferramenta de divulgação - numa altura em que no nosso País  os sacos de plásticos estão na ordem do dia, um post de 2012:  What Happens to All That Plastic? Today Americans discard about 33.6 million tons of plastic each year, but only 6.5 percent of it is recycled and 7.7 percent is combusted in waste-to-energy facilities. What happens to all the rest of it? Continue a ler.



 Photo credit: Ars Electronica

E não podiamos deixar de assinalar que uma das categorias dos blogues é GENDER EQUALITY. Demos uma olhadela - em regra são para se «ler devagar» - e, em jeito de ilustração, escolhemos este post: 

«Join a Conversation About 7 Billion People»


 


 A young girl carries a baby in Lake Albert, 
Democratic Republic of the Congo. UN Photo/Martine Perret

 Um excerto:  «(...) The greater the world’s population, the more humans will rely on already-stressed ecosystems, destroying habitats and disrupting food chains, so that biodiversity will suffer. While increasing a country’s productivity can raise the standard of living, it also often leads to a more widespread use of fossil fuels. This energy-climate crisis presents challenges for developing economies. More people signals further water stress as humans seek more ways to access this most precious resource.
Scientists have mapped the connection between a lack of food and increased conflict, particularly in areas of the fastest population growth. The need for more resources to feed a larger population could exacerbate already tense relations and lead to greater conflict for scarce resources. (...). Leia na integra.

 _____________________


Mais formas para seguir  The Earth Institute: facebook; twitter





sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

OLÁ CRIANÇAS ! OLÁ JOVENS ! TALVEZ LHES INTERESSE (51) | 14 fev 2015 | Dia dos Namorados | LEMBRE «QUEM TE AMA NÃO TE AGRIDE»









OLÁ CRIANÇAS ! OLÁ JOVENS ! TALVEZ LHES INTERESSE (50) | Orquestra de Jovens da União Europeia





A  Direção-Geral das Artes (DGARTES) organiza anualmente audições para admissão na Orquestra de Jovens da União Europeia.Veja  aqui. «A Orquestra foi fundada no Reino Unido em 1976 com o objetivo de reunir jovens talentos da União Europeia. As audições para o seu ingresso realizam-se anualmente em cada um dos países, de forma a selecionar 140 jovens músicos. Aos candidatos selecionados, a Orquestra oferece a possibilidade de trabalhar com professores especialistas em instrumento, assim como a oportunidade de tocar em grandes salas de concertos em todo o mundo, com maestros e solistas de renome». Para a temporada 2015-2016 estão a decorrer as audições. No nosso País,  olhando para a temporada em curso,  houve  417  candidaturas:

                                      155  meninas 
                                      262 rapazes

E, já agora, no que diz respeito ao Júri - Três homens | Uma mulher. A colega Dulce (da DGARTES) é que sabe estes números todos, e vai-nos informando. Lá para a frente saberemos mais. Claro, vamos conhecer quem foi selecionado/a.  Entretanto, o Natal já passou, mas é sempre agradável ouvir  música alusiva, na circunstância pela EUYO:



E visite o site da EUYO

«EUYO - an orchestra like no other». 



TNDMII | «as três (velhas) irmãs»





«UMA MEMÓRIA DE TCHÉKHOV

Martim Pedroso propõe-nos uma revisitação do clássico Três irmãs de Tchékhov com um elenco de atrizes seniores, acrescentando outra possibilidade de leitura desta obra, pela sugestão da biografia das próprias atrizes. É um espetáculo-homenagem que se constrói em dois níveis de representação: a ficção do texto e a ficção da realidade ou a autorrepresentação. As memórias das atrizes Graça Lobo, Mariema e Paula Só confundem-se com as memórias das personagens que interpretam: Olga, Macha e Irina, aquelas três irmãs esquecidas na província russa e que ainda sonham em ir para Moscovo».

AS TRÊS (VELHAS) IRMÃS
2015 | 19 FEV - 15 MAR
SALA ESTÚDIO