quinta-feira, 30 de abril de 2015

«AS MENINAS PROIBIDAS DE CABUL/ A tradição secreta de resistência e luta das meninas afegãs» | Jenny Nordberg




«Nas cidades e aldeias afegãs, há raparigas que se movimentam livremente e sem medo de represálias. Num país onde a mulher não tem valor nem privilégios, há meninas que vão à escola e brincam na rua. Elas existem mas ninguém sabe quem são. Porquê? Porque estão disfarçadas de rapazes. São as suas próprias famílias a fazê-lo ao abrigo de uma tradição secreta ancestral chamada bacha posh.
Para uma família afegã, não ter filhos varões é uma tragédia. De forma a contornar este estigma, muitos vestem e apresentam ao mundo as suas filhas como se fossem rapazes. Mas este estado de graça só dura até à puberdade, altura em que são obrigadas a assumir a sua identidade feminina. Para as meninas que tiveram um vislumbre de autonomia, o choque é dilacerante.
A jornalista premiada Jenny Nordberg deparou-se com este costume e ficou fascinada. Pouco a pouco, conseguiu reunir um grupo de mulheres corajosas. Os seus testemunhos são fascinantes e dão-nos uma perspetiva totalmente nova sobre o que significa ser mulher e os sacrifícios a que obriga ainda nos dias de hoje». +. (Destaques nossos).





«MULHERES EM LORCA» | No Teatro Nacional D.Maria II




«O espetáculo de teatro Mulheres em Lorca traz à cena uma co­lagem de textos (peças, poemas e escritos) das vozes e perso­nagens femininas da obra e vida de Federico García Lorca. No palco colocamos a Palavra, teatro acompanhado de música ao vivo, Cante Jondo, linguagem e sua paisagem sonora.
Se existe, existiu, existirá poeta que soube escrever sobre mulheres, esse poeta/dramático é Lorca. Construímos a partir das suas palavras um espetáculo e um exercício, em que parte de­las aparecem descontextualizadas das suas paisagens, como se estivéssemos a costurar, a tecer um manto com as suas pa­lavras de amor, ódio, castração, etc... E que grandes e belas palavras elas colocam fora do seu cenário habitual, todas em conjunto, todas elas sós num espaço cénico partilhado.
Vento Suão em vez de construção granítica, nada de cenários, o texto poético de Lorca e as suas mulheres é que irão constru­indo tudo. Afetos"».
 Pedro Estorninho. 
(Destaques nossos). Saiba mais.




quarta-feira, 29 de abril de 2015

29 ABRIL | Dia Internacional da Dança


«(...)
Y es que veo a la gente moviéndose al andar por la calle, al pedir un taxi, al moverse con sus diferentes formas, estilos y deformidades.¡Todos están bailando! ¡No lo saben pero todos están bailando! Me gustaría gritarles: ¡hay gente que todavía no lo sabe!, ¡todos estamos bailando! , ¡los que no bailan no tienen suerte, están muertos, ni sienten ni padecen. (...).

Excerto da Mensagem do Dia Internacional da Dança 2015
autor - Israel Galván
na integra aqui.
Noutras línguas aqui.



.
.   .

«The intention of the «International Dance Day Message» 
is to celebrate Dance, to revel in the universality of this art form, to cross all political, cultural and ethnic barriers and bring people together with a common language - Dance». +


NO DIA MUNDIAL DA DANÇA | «Romani» | CASA DA MÚSICA




«Ao Alcance de Todos | Música & Revolução | Músicas Proibidas
Um povo com raça defende a sua identidade cultural – e a da população cigana é inabalável, envolve relações viscerais. Esta fibra toma o palco num espectáculo em que a música, a dança, as festas e a religiosidade expressam uma etnia orgulhosa das suas raízes, arrebatadora no modo de celebrar a vida e a morte. Nesta criação colectiva que acima de tudo pretende dignificar uma cultura distinta, a língua romani mostra ser parte de Portugal».
E sobre «Romani» no Jornal de Notícias:
Para marcar a efeméride do Dia Mundial da Dança que se celebra esta quarta-feira, a Casa da Música, no Porto, organizou, através dos serviço educativo, o espetáculo "Romani". Agendado para as 21 horas, o espetáculo, em ensaios desde novembro, reúne as comunidades ciganas dos bairros do Seixo e da Biquinha, em Matosinhos, e os alunos finalistas do  Balleteatro. Continue a ler.

Igor Martins / Global Imagens



terça-feira, 28 de abril de 2015

«NOVAS CARTAS PORTUGUESAS | Entre Portugal e o Mundo»


A impressionante repercussão do livro Novas Cartas Portuguesas, de Maria Teresa Horta, Maria Velho da Costa e Maria Isabel Barreno, tanto em Portugal como no mundo.

«Novas Cartas Portuguesas: Entre Portugal e o Mundo, a colectânea que agora se publica, tem como objectivo mapear o impacto e a recepção nacional e internacional do livro [Novas Cartas Portuguesas], relevando a repercussão que ele teve na academia, no trabalho de outros autores (escritores, dramaturgos, actores, tradutores, etc.) e na sociedade em geral.»
Ana Luísa Amaral e Marinela Freitas in «Introdução».


Esta obra inclui depoimentos e traduções de inúmeros artigos publicados na imprensa estrangeira sobre o Novas Cartas Portuguesa, entre eles o de Simone de Beauvoir. 

EQUINET | Rede que integra organismos de 32 países europeus que promovem a igualdade | AMANHÃ DIA 29 UM GRUPO DE TRABALHO REÚNE EM MADRID






A EQUINET integra  42 organismos que promovem a igualdade em 32 países europeus, nomeadamente em todos os Estados-membros da UE. Amanhã,  29 de abril, irá decorrer, em Madrid, a primeira reunião do «Cluster on Standards for Equality Bodies». Este grupo de trabalho de alto nível, criado pela Equinet, «tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento de normas que, a nível europeu, apoiem a atuação dos mecanismos nacionais para a igualdade». Saiba mais no site da CIG. 


segunda-feira, 27 de abril de 2015

OLÁ CRIANÇAS ! OLÁ JOVENS ! TALVEZ LHES INTERESSE (53) | Indie Júnior 2015 | 23 ABRIL A 3 MAIO






«IndieJúnior

O IndieJúnior é uma secção do IndieLisboa (Festival Internacional de Cinema Independente) dedicada aos mais novos e que visa contribuir para a formação estético-cultural das crianças e jovens através de uma experiência artística e lúdica. É constituída essencialmente por sessões de cinema que incluem filmes de todo o mundo, em registos como a animação, documentário e ficção, e que possui duas vertentes principais: o IndieJúnior Famílias e o IndieJúnior Escolas. A programação das sessões é feita criteriosamente tendo em conta a idade das crianças às quais se destina». Leia mais.











DEBATE | «Vamos Parar as Discriminações Múltiplas» | ABRIL 2015 | DIA 28 | 15:00H -18:00H | CASA DAS ASSOCIAÇÕES | MONSANTO | LISBOA



«Frequentemente com menos acesso a recursos e menos poder de decisão que os homens, as mulheres poderão ver a migração como uma oportunidade para o exercício dos seus direitos em pleno. No entanto, a migração pode trazer mais e outros perigos para as mulheres do que para os homens. Para além de estarem mais vulneráveis a abusos físicos, sexuais e verbais, estão sujeitas a discriminações múltiplas e interseccionais não só por serem mulheres, mas também por serem migrantes».

A iniciativa da imagem é a primeira de uma série  que irá  decorrer «no ano de 2015 sobre discriminações múltiplas e outros temas transversais às questões de género no âmbito do Projeto Capacita promovido pela PpDM em parceria com a APEM cofinanciado pelo programa Cidadania Ativa da Fundação Calouste Gulbenkian».


VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV




sábado, 25 de abril de 2015

NO 25ABRIL 2015 | «Catarina Eufémia» | SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDERSON




CATARINA EUFÉMIA
Sophia de Mello Breyner Anderson

O primeiro tema da reflexão grega é a justiça
E eu penso nesse instante em que ficaste exposta
Estavas grávida porém não recuaste
Porque a tua lição é esta: fazer frente

Pois não deste homem por ti
E não ficaste em casa a cozinhar intrigas
Segundo o antiquíssimo método obíquo das mulheres
Nem usaste de manobra ou de calúnia
E não serviste apenas para chorar os mortos

Tinha chegado o tempo
Em que era preciso que alguém não recuasse
E a terra bebeu um sangue duas vezes puro
Porque eras a mulher e não somente a fêmea
Eras a inocência frontal que não recua
Antígona poisou a sua mão sobre o teu ombro no instante em que morreste
E a busca da justiça continua






sexta-feira, 24 de abril de 2015

NO DIA SEGUINTE AO DIA MUNDIAL DO LIVRO | VIRGINIA WOOLF | «Ensaios Escolhidos»


Ontem foi o Dia Mundial do Livro, e o livro da imagem pensamos ser uma boa obra para o assinalar, ainda que no dia seguinte.

SINOPSE
(destaque nosso)

«Reúnem-se aqui trinta e cinco ensaios que nos falam de autores como Jane Austen, Defoe, Henry James, Christina Rossetti, Conrad, Sterne, Thomas Hardy, Turgenev e Walt Whitman. Virginia Woolf escreve ainda sobre a personagem ficcional, o romance gótico, histórias de fantasmas, o tempo passado em bibliotecas e a situação de estar doente.  "Que mente magnífica! É mesmo isso. Lúcida, apaixonada, independente (…)".» 

.
.     .



O IndieLisboa associa-se ao 25.º Aniversário da APAV | Com o Filme «These are the Rules» | 28ABRIL | 3MAIO



«O festival IndieLisboa associa-se ao 25º aniversário da APAV, com a projecção de These are the rules”, um filme que nos conta a história de uma família atingida por um caso de violência dentro dos muros de uma escola.Premiado com a distinção de Melhor Interpretação Masculina no Festival de Veneza de 2014, o mais recente filme do realizador croata Ognjen Svilicic reflecte, para além do seu valor artístico, uma consciência de valores e um trabalho que é partilhado entre o festival e a APAV, que celebra, este ano, o seu 25º aniversário: o retrato de situações escondidas, na nossa sociedade, que incentivam a formação da consciência social e humana de espectadores e cidadãos.
O IndieLisboa - 12º Festival Internacional de Cinema Independente arranca no dia 23 de Abril e decorre até ao próximo dia 3 de Maio. O filme “These are the rules” será exibido nos dias 28 de Abril (terça, 19h00) e 3 de Maio (domingo, 21h45), na Culturgest». (destaques nossos).


quinta-feira, 23 de abril de 2015

MERYL STREEP | Cria Laboratório Para Mulheres Argumentistas Com Mais de 40 Anos




Da notícia na Plataforma Sapo: 

«Meryl Streep fundou um laboratório para mulheres argumentistas com mais de 40 anos e deu um «significativo» apoio financeiro, foi anunciado durante um debate no Festival de Cinema de Tribeca, que se está a realizar em Nova Iorque.
Gerido pelo New York Women in Film and Television, uma associação que apoia a liderança feminina no cinema, televisão e meios digitais, e a IRIS, associação de mulheres cineastas, o Writers Lab é um programa de desenvolvimento de argumentos tem como fim aumentar as oportunidades para mulheres nessa área com mais de 40 anos.
Oito candidatas serão escolhidas entre todas as candidatas para o laboratório, que terá depois lugar num retiro a norte de Nova Iorque». Leia na integra.


http://www.nywift.org/article.aspx?id=5503
(Clique na imagem e saiba mais)



CONFERÊNCIAS | «Projecto She - processos criativos, reflexões e resistências» + «Queer Britannia - visita guiada na Tate Gallery em Londres» | ABRIL 2015 | DIA 24 | 17:00H | UNIVERSIDADE LUSÓFONA


Conferencista Genoveva Oliveira 
«Projecto She - processos criativos, 
reflexões e resistências»

Conferencista Michael Langan 
«Queer Britannia  visita guiada na 
Tate Gallery em Londres»

ABRIL 2015 | DIA 24 | 17:00 H
 Universidade Lusófona | auditório  S.0.11
.
.   .

Resumo da apresentação de Michael Langan
Em 2015, o Doutor Michael Langan apresentou uma visita guiada com a temática LGBT sobre a coleção permanente na Tate Britain. Queer Britannia foi apresentado para uma diversidade de públicos e envolveu uma série de eventos. É uma das visitas guiadas mais populares na Tate, sempre com ingressos esgotados. Nesta sua apresentação o Prof. Doutor Langan irá explicar como Queer Britannia nasceu e também analisar questões como: O que é exactamente uma arte estranha? O que significa "queer" numa colecção? Como é que as instituições de arte pública tentam envolver públicos diversos e em maior número? Como podem as instituições desenvolver o entusiasmo e publicidade em torno das suas colecções permanentes? Será que uma visita guiada como Queer Britannia coloca a arte gay num gueto ou apresenta-o a um público mais amplo, ou ambos? O que pode ser o legado de uma visita como Queer Britannia e como é que pode ser mantido? O Doutor Langan também irá oferecer uma análise interessante e esclarecedora de algumas das obras de arte, bem como dos artistas emblemáticos da colecção do Tate Britain, que foram apresentados durante a visita.



quarta-feira, 22 de abril de 2015

MEDIDAS CONTRA VIOLÊNCIA SEXUAL EM ZONA DE GUERRA


Manifestação a favor do fim da violência e respeito dos direitos das mulheres. 
Foto: ONU/Christopher Herwig

Representante da ONU pede ao Conselho de Segurança medidas contra violência sexual em conflitos

“Estupros em zona de guerra tem sido uma história de negação. É hora de trazer esses crimes, e aqueles que os cometem, ao centro das atenções da vigilância internacional”, declarou Zainab Bangura. Leia no site da ONU Brasil.


«DIA DAS JOVENS MULHERES NAS TIC 2015» | ABRIL 23 | 14:00H | Fundação Portuguesa das Comunicações | LISBOA




«A Fundação Portuguesa das Comunicações (FPC) | Museu das Comunicações, convida-o a participar no debate do Dia das Jovens Mulheres nas Tecnologias de Informação e Comunicação, uma iniciativa criada pela União Internacional das Telecomunicações (UIT). Os temas deste dia são dirigidos aos interesses e oportunidades das jovens mulheres no domínio das TIC, em particular sobre duas questões O digital é transversal? e Como viveremos, jovens mulheres e rapazes, em 2015? No final da sessão são divulgados os vencedores do Desafio que a FPC | MC lançou às Escolas e entregues os respetivos prémios. Todos os trabalhos vão estar patentes na Fundação». O  Programa.


Entrada livre e não 
sujeita a inscrição prévia.

Fundação Portuguesa das Comunicações | www.fpc.pt 
R. Instituto Industrial, 16  | 1200-225 Lisboa
girlsinict.fpc.mc@sapo.pt 
Tel.  213 935 000


E a finalizar o video promocional do International Girls in ICT Day 2015:




Ainda:


(clique na imagem)


terça-feira, 21 de abril de 2015

ANA VICENTE




ANA VICENTE morreu. E assim nos vão desaparecendo as referências, as pessoas que nos habituámos a ver em tantas iniciativas e cuja presença, só por si, antecipava qualidade.   Recordemos a sua vida e o seu percurso profissional, por exemplo, indo ao  site da CIG  e ao Centro de Documentação e Arquivo Feminista Elina Guimarães, em  Ana Vicente - A evocação da sua obra e percursos de vida através de testemunhos vivos, a propósito do livro «Os poderes das mulheres, os poderes dos homens», num acontecimento que teve lugar a 19 de Março de 2013 no Centro de Cultura e Intervenção Feminista, em Lisboa. A sessão muito concorrida, contou com a presença da autora e as intervenções de Filipa Vicente, Leonor Xavier, Maria João Sande Lemos, Regina Tavares da Silva, e de Manuela Tavares  em nome da UMAR . Leia aqui. E para muitos e muitas, o post Ana Vicente, antifascista também, de Joana Lopes, que a seguir tomamos a liberdade de reproduzir na integra, talvez mostre um lado menos conhecido de Ana Vicente:
«Conheci-a há muito, muito tempo, teria ela uns 19 ou 20 anos. Surgiu ontem a notícia da sua morte, infelizmente nada inesperada, já que há anos que lutava, com uma coragem inaudita, contra um terrível cancro. Hoje, recorda-se a escritora, a feminista, a católica que foi uma das principais responsáveis. do movimento «Nós também somos Igreja». Duvido que alguém se lembre de ir até à sua juventude e de lembrar que ela não acordou para a luta nas últimas décadas, mas sim bem antes do 25 de Abril.
Em 1963, foi uma das primeiras colaboradoras do jornal clandestino «Direito à Informação» (lançado por católicos e que foi o primeiro a difundir notícias sobre a guerra colonial) que teclava dolorosamente à máquina nos malfadados estênceis de má memória. Disse-me há pouco tempo que foi o seu primeiro passo de militância, ela que de política pouco ou nada percebia até então.
Passou a participar em actividades várias dos chamados «católicos progressistas, foi membro da direcção da cooperativa Pragma e, quando esta foi encerrada pela PIDE em 1967, o facto deu-lhe direito a passar alguns dias detida em Caxias. 
Registe-se também esta faceta da sua juventude, neste dia em que nos fica na memória a sua firmeza, a sua persistência – e o seu sorriso também». 
Vamos ter saudades de Ana Vicente.  Com este post uma singela homenagem do Em Cada Rosto Igualdade. 

SEMINÁRIO ABERTO | «Projecto She/Ela - Para a visibilização das mulheres artistas» | FACULDADE DE LETRAS | ABRIL 2015 | DIA 23 | 17:15 H | UNIVERSIDADE DE COIMBRA



Programa de Doutoramento em Estudos Feministas 
SEMINÁRIO ABERTO
 "Projecto She/Ela - Para a visibilização das mulheres artistas"
 com a curadora Genoveva Oliveira


Local 
Sala de Seminários do I.E.N.A. 
 6º piso, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
 Dia 23 de Abril | 17:15 H



segunda-feira, 20 de abril de 2015

ABRIL NO PARLAMENTO | DEBATE | «40 Anos do Ano Internacional da Mulher» | ABRIL 2015 | DIA 27 | 15:00H


Debate 
40 Anos do Ano Internacional da Mulher 
com o Movimento Democrático de Mulheres 
Parlamento | Biblioteca | 27 abril 2015 | 15:00H 

  P R O G R A M A



A PROPÓSITO DA CANDIDATURA DE HILLARY CLINTON A PRESIDENTA DOS EUA | Opinião de políticas portuguesas





A imagem  é do trabalho do jornal online OBSERVADOR  de 16 de abril último com o titulo e introdução seguintes:

O que pensam sobre Hillary Clinton? Porque é que Portugal nunca teve uma Presidente? Que diferenças de tratamento sentem? O que é ser mulher no Parlamento e na política portuguesa? Elas respondem.
E começa deste modo:
«Quantas páginas de História poderá virar Hillary Clinton? A mulher que, entre outras causas, defende os direitos das mulheres pode ser a próxima (e a primeira) Presidente dos EUA. E quantas barreiras têm ainda que ser derrubadas na política portuguesa? O género pode ser tudo, mas pode não ser nada — neste ponto concordaram as cinco políticas portuguesas ouvidas pelo Observador.
Foram as “capacidades intelectuais e políticas” que trouxeram Hillary para o seio da política. “É um ato de coragem”, elogia a presidente do Parlamento, Assunção Esteves. É assim que deve ser — “pelo mérito”, considera Teresa Caeiro (CDS), vice-presidente da Assembleia da República. Maria de Belém (PS) não se surpreende com o anúncio de Hillary. “Mesmo durante o período em que o marido (Bill Clinton) era Presidente, ela foi sempre ativista pelos direitos humanos e das mulheres, que são também direitos humanos”, realça». Continue a ler.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

RECORDAMOS FERNANDA MONTEMOR | «uma actriz que honrava o seu trabalho»



Fernanda Montemor e Guida Maria na 
peça «Night Mother» encenada por
Celso Cleto em 1999

Todos os dias serão certos para se recordar FERNANDA MONTEMOR. Para isso pegamos nas palavras de Jorge de Silva Melo, aquando da morte da actriz que ocorreu  recentemente, há menos de um mês, e fixadas em  trabalho do jornal Público:
«Evocando agora a figura de Fernanda Montemor, o director dos Artistas Unidos lembra que, das primeiras vezes que foi sozinho ao teatro, no início dos anos 60, era a actriz que estava em palco, numa encenação de O Mercador de Veneza, de Shakespeare, no Trindade. "E o que guardo na memória é a cena da fuga de Jessica, a filha do Schylock: 'Numa noite como esta...', ouço a voz delicada da Fernanda Montemor a dizer, com o seu leve sotaque beirão. Foi uma voz que me acompanhou, um timbre único, redondo, delicado, com belos graves", diz Jorge Silva Melo.  
Em 2001, dirigiu-a nos seus Artistas Unidos: Ensaiávamos no 11 de Setembro – 'O que foi aquilo? Aviões em Nova Iorque! Pessoas a atirarem-se do alto dos arranha-céus!...'". Foi a produção Os Irmãos Geboers "no edifício sujo d'A Capital, uma causa que ela defendeu sempre, entusiasta e crítica".
Voltaram a trabalhar juntos em Tão Só o Fim do Mundo, "que o Seixas Santos dirigiu, encantado", continua Jorge Silva Melo. E confirma que "Fernanda Montemor era um encanto, entusiasta, divertida, disposta a experimentar, atenta ao mundo, sincera, empenhada. O seu trabalho no espectáculo do Lagarce (ao lado da sua filha Teresa Sobral – e da Joana Bárcia, do Américo Silva e do maravilhoso José Airosa ) era comovente, emanava ternura, amargura, talvez, mas acima de tudo ternura".
Jorge Silva Melo lembra ainda o trabalho de Fernanda Montemor "com João Lourenço (era irresistível na Dama do Maim's) e Mário Viegas (A Birra do Morto). "Nunca a vi falhar um papel; mas não se alçava em vedeta, era uma actriz que honrava o seu trabalho", acrescenta o encenador». Leia na integra.
E a partir do Programa do espectáculo «Night Mother», uma síntese do seu percurso profissional, à data:


Com este post queremos homenagear Fernanda Montemor, uma mulher certamente a figurar em qualquer dicionário feminino, ou equivalente, sobre ACTRIZES PORTUGUESAS.



«PARA A INTEGRAÇÃO DAS QUESTÕES DE GÉNERO NAS POLÍTICAS NACIONAIS DE EMPREGO»


Sobre a publicação no site da CITE: «No rescaldo da recente crise económica global, que conduziu ao aumento do desemprego em muitos países, a criação de emprego tornou-se uma prioridade política, com uma especial atenção relativamente às questões de género e do mercado de trabalho. Assim, a plena integração das questões de género nas políticas nacionais de emprego constitui um desafio. Este guia de recursos destina-se a especialistas da OIT, bem como a quem promove a integração da igualdade de género nas políticas nacionais».


quinta-feira, 16 de abril de 2015

JACK HALBERSTAM | «GAGA FEMINISM - Sex, Gender, And The End Of Normal» | e uma entrevista


 

Comecemos por assinalar  o livro da imagem, como se pode ver  é de Jack Halberstam que, entretanto esteve em Portugal, na Culturgest,  para a conferência «No Church in the WildA Estética da Anarquia».  «Jack Halberstam é Professor de Estudos Americanos e Etnicidade, Estudos de Género e Literatura Comparada na University of Southern California. Publicou Gothic Horror and the Technology of Monsters (1995); Female Masculinity (1998); In A Queer Time and Place (2005); The Queer Art of Failure (2011) e Gaga Feminism: Sex, Gender, and the End of Normal(2012). Uma das mais destacadas vozes da teoria queer, Halberstam prepara um novo livro, The Wild, sobre anarquia queer, performance e cultura de protesto». Teve uma conversa com Natália Vilarinho agora publicada na ArteCapital, e de lá o seguinte excerto:

«AC: Então temos de deixar os pequenos grupos que formamos: “queer”, “lésbicos”…
JH: Sim, temos de os deixar. Nem sempre acreditei nisso e no passado investi realmente muito nas políticas de identidade, mas sinto que neste momento, coisas como o slogan do 1% e dos 99% (“We are the 99%” slogan do Occupy Movement), é o tipo de slogan que diz “há muitos de nós e poucos de vós, algo pode ser feito aqui”. É uma forma de ver se conseguimos encontrar coisas que nos liguem a uma maioria. Mas a política de identidade é também uma estratégia neo-liberal para dividir os interesses e os objectivos das pessoas».
(...)
AC: Há um momento em que afirmas que há uma diferença entre imitar e transformar a masculinidade. Podes explicar esta diferença?
JH: Bem, se eu estou a imitar a masculinidade, então acredito que a masculinidade é uma propriedade do homem e estou a imitá-lo, mas se eu acredito que a masculinidade está em mim, então é a minha masculinidade, e não estou a imitar ninguém. Foi esta a ideia do “Gender Trouble” da Judith Butler, que disse: “não há originalidade, o homem está a copiar a masculinidade tanto como tu”, e de facto pelo menos tu sabes que a tua masculinidade, dentro dos standards da cultura em que vives, não é vista como original, mas o homem não. O homem biológico acredita que a sua masculinidade é real e verdadeira, por isso a masculinidade queer é uma masculinidade muito mais estruturada, precisamente por reconhecer que não é autêntica.
AC: Então não podemos dizer que cada um de nós tem em si uma masculinidade.
JH: Não necessariamente, mas vivemos um mundo com géneros binários, somos todos uma combinação estranha das nossas identificações, da nossa socialização e das nossas propriedades físicas, mas eu não faria uma afirmação universal a dizer que somos isto ou somos aquilo».
Talvez se possa acrescentar: tudo em progresso !


«Kerstin Drechsel, Pussy Riot Gruppe · Cortesia da artista e Galeria Vane (pormenor)»


«QUESTIONS DE GENRE, QUESTIONS DE CULTURE»





A edição da publicação da imagem é de 2014 do Ministério da Cultura e da Comunicação  de França. Sobre ela:
«Une contribution inédite à la question du genre dans les pratiques culturelles | 
Supposés librement choisis, les loisirs culturels peuvent passer pour l'expression des intérêts, des goûts, des passions des individus, voire de leur personnalité. C'est que l'écheveau subtil des incitations et des interdictions de l'entourage - de l'enfance à l'âge adulte -, des stéréotypes de sexe, réduit la liberté de choix en dessinant des voies balisées. Comment les loisirs culturels contribuent-ils à la construction identitaire des filles et des garçons ? Comment les usages, pratiques et consommations culturels et les représentations qui en découlent participent-ils à façonner le genre ? Les différenciations de genre présentes dans le champ des loisirs culturels sont-elles le terreau d'inégalités, d'autant plus cachées qu'elles sont renvoyées au goût, naturel et électif ? Telles sont les questions que soulève cette étude, à travers différentes perspectives, selon l'âge des individus, les goûts et les pratiques : pratiques musicales en amateur, consommations médiatiques, culture scientifique et technique. Les cinq contributions réunies ici démêlent l'écheveau du genre et interrogent sa construction sociale, étroitement imbriquée à celle de l'âge, de la position sociale et de la couleur de la peau». Tirado daqui.



quarta-feira, 15 de abril de 2015

EDUARDO GALEANO | «Mujeres»



Eduardo Galeano morreu. «Esta misma semana, además, ha llegado a las librerías una antología con una selección de sus cuentos y relatos dedicados a personajes femeninos: Mujeres, de la editorial Siglo XXI de España. Poco más de 200 páginas por las que desfilan desde Sherezade a Teresa de Ávila, desde Rigoberta Menchú a Marilyn Monroe, junto a mujeres anónimas o colectivos como las guerreras de la revolución mexicana o las luchadoras de la comuna de París.
A continuación puedes leer algunos de los textos que aparecen en Mujeres, un libro cuidadosamente editado y en cuya portada aparecen figuras de artesanía de Olinda, Brasil, que fueron escogidas por el propio Galeano. Él también supervisó la selección de los textos». Leia aqui, no EL HUFFINGTON POST, partes do livro.
Ainda:


EXPOSIÇÃO | «Natália Correia - A Feiticeira Cotovia» | 2015 | 17ABRIL- 1MAIO | ILHA DO CORVO | AÇORES



                                               
«Natália Correia - A Feiticeira Cotovia»
 Exposição  Corvo | Angra do Heroísmo                 

«A  Direção Regional da Cultura promove sexta-feira, 17 de abril, a inauguração na Vila do Corvo da exposição "Natália Correia - A Feiticeira Cotovia", que encerra na mais pequena ilha do arquipélago a sua itinerância pelos Açores.
A exposição estará patente até 1 de maio no Centro de Interpretação Ambiental e Cultural, numa parceria estabelecida com a Azorina – Sociedade de Gestão Ambiental e Conservação da Natureza, podendo ser visitada, de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h30.

Esta mostra, organizada pelo Governo dos Açores no âmbito das comemorações regionais do 90.º aniversário de nascimento e 20.º da morte da grande escritora açoriana, foi inaugurada na Academia da Juventude, na Praia da Vitória, a 13 de setembro de 2013, dia do aniversário de Natália Correia». Continue a ler.