segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

JACQUES RIVETTE | morreu o cineasta «autor de sagazes personagens femininas»



«Morreu um cineasta misterioso: Jacques Rivette

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A Religiosa, adaptação de Diderot, foi interditado pela censura francesa - muitos vêem no ascetismo desse filme um anúncio do Manoel de OIiveira deAmor de Perdição (1978). Foi um escândalo na França do General De Gaulle e um sucesso à medida. As pressões do mundo católico contra "um filme blasfemo que desonra as religiosas" fizeram-se sentir durante a rodagem. Não obstante, o produtor Georges de Beauregard continuou com as filmagens mesmo estando certo de que a exibição seria proibida. De facto, De Gaulle ordenaria ao seu ministro da informação, Alain Peyrefitte, “Vous vous débrouillez mais ce film ne sors pas. C’est un ordre!”. Estava-se em tempo de eleições presidenciaisé preciso contextualizar.
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As mulheres, as actrizes, foram sempre o enigma dos seus filmes - veja-se Bulle Ogier. Duas estrelas do cinema francês dos anos 90 não resistiriam a experimentar as rodagens de Rivette: Emanuelle Béart, na Bela Impertinente(livre adaptação da novela de Balzac Le Chef d'Oeuvre Inconnu), que foi mais do que um sucesso de estima em 1991 - dos últimos exemplos do cinema de autor (e um autor com notoriedade de "difícil") a criar acontecimento nas salas, por isso é mesmo de outro mundo que falamos - e Sandrine Bonnaire no díptico sobre Joana D'Arc, Jeanne la Pucelle (1994). Continue a ler no Público.

Noutras fontes:
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Autor de sagazes personagens femininas, Rivette foi desenvolvendo uma estética própria a partir dos anos 1970, em filmes de longa duração carregados de improviso e histórias de fantasia e conspiração. Mais na Metropoles

«(...) As personagens femininas são outro fio condutor do seu cinema. Fiel a algumas de suas atrizes-fetiche, como Jane Birkin, Sandrine Bonnaire, Emmanuelle Béart e Jeanne Balibar, Rivette rodou com elas títulos como L’Amour Par Terre (1984),A Bela Intrigante (1991), Jeanne la Pucelle (1993), Paris no Verão (1995), Quem Sabe? (2001), Não Toque no Machado (2007) e seu último filme, 36 Vues du Pic Saint-Loup (2009), sobre uma trupe de artistas que tenta manter seu trabalho após a morte do dono do circo onde trabalham. Leia aqui no El Paìs.

Rivette

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